Pages

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Um poema antigo



Sim, eu gostava.
Gostava do jeito que arrumava o cabelo.
Gostava de como sorria.
Sim, eu gostava de você.

Sim, eu era apaixonado.
Era apaixonado por te ver porque sabia que iria ser mágico.
Era apaixonado por te ver porque sabia que teria aquele friozinho na barriga.
Sim, eu era apaixonado por você.

Sim, eu amava.
Amava o jeito que você me abraçava.
Amava quando me contava os seus segredos.
Sim, eu amava você.

Gostava de te ver impaciente para me ver.
Era apaixonado pelo seu sorriso.
Amava o jeito que me fazia feliz.

Um poema ao acaso,
mas será que existe "acaso" na vida do Poeta Urbano ?

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Alguém e Ninguém


Bom, sabemos que alguns contos são feitos para nos entreter e divertir, mas há casos raros em que eles simplesmente espelham algo em que nós estamos passando no momento. Esse pode ser mais um desses raros contos, ou não, isso depende mais de você do que de mim mesmo, mas como começar algo que seu coração já praticamente terminou ? Bom pensando nisso porque não nos utilizarmos o clássico ...


Era uma vez, era uma vez um Poeta que andava distraído pelo mundo. Desde que se recordava ele conhecia uma pessoa, seu nome era Ninguém. Ninguém o fazia companhia, Ninguém o fazia rir as vezes, Ninguém era sua única amiga, Ninguém o fazia continuar a caminhar.

Mas ele queria mais, viajava pelo mundo, estudava e se interessava pelas coisas, enquanto Ninguém estava ao seu lado. Foi quando conheceu uma garota chamada Alguém.

Conversando com Alguém ele descobriu um mundo novo, novas formas de pensar, um novo começo de tudo, algo que Ninguém nunca havia feito ... Agora, ele se via totalmente apaixonado por Alguém não a tirava da cabeça um instante sequer, as vezes, até se questionava de como tinha conseguido ficar com Ninguém tanto tempo.

Ele pensava com seus botões e imaginava se
Alguém
o amaria dessa
forma, o amaria como Ninguém o amou antes.
Mas sabia que se quisesse conquistar Alguém deveria empenhar-se ao máximo Ele estava quase perdendo a cabeça, queria Alguém mais do que tudo, queria Alguém para abraçar, Alguém para contar seus segredos, Alguém para o fazer feliz, sabia de alguma forma em seu coração, que só Alguém seria capaz disso Mas como todo apaixonado, ele se viu com dúvidas.

Alguém o amaria com tamanha força ?
Alguém o abraçaria e diria que o amava ?
Alguém o conheceria como ele realmente é ?

As dúvidas ainda persistiam, mas ele tinha que tentar conquistar Alguém.
Ele comprou flores e foi ao encontro de Alguém, havia até ensaiado músicas românticas e feito alguns poemas, mas ...

Alguém não estava mais ali, Alguém havia ido embora, só restando, Ninguém...


Então aqui acaba esse pequeno conto, dizem que o Poeta ainda esta vagando pelo mundo todo procurando Alguém, que não desistirá até encontrá-la para dizer que a ama. Ela, é claro, dirá o mesmo e como todo bom conto de fadas eles irão viver felizes para sempre.

Ps: Isso é algo que escrevi há tempos, engraçado como algumas coisas tendem a mudar tão subitamente, enquanto outras permanecem as mesmas, não é ?

domingo, 11 de outubro de 2009

Porcos, lobos, pais e filhos


Eu praticamente cresci ouvindo certos ditados populares como “filho de peixe peixinho é”.


Então como em tudo em minha vida eu comecei a meditar nessas palavras, pegando carona também em um papo no serviço em que ouvi apenas a frase “ah se ele foi influenciado é porque tinha uma certa tendência”. Agora vamos unir as duas coisas. \o/


Certo a primeira frase do peixinho nos remete a uma certa herança genética indiscutível que nos fará ser ou agir como nossos ascendentes, ou seja, como nossos pais. Mas eu me pergunto, seria isso verdade ?


Afinal, claro que temos coisas em comum com nossos pais, a maioria de nós foi criada por eles, logo alguns valores, gostos e ações possivelmente serão parecidos, sem contar a carga genética, mas será que nas mesmas circunstâncias de algo agiríamos da mesma forma ?


Se meu pai, dado um momento da vida teve que largar a sua faculdade para ficar em casa a noite e cuidar de seu filho eu faria o mesmo na mesma situação ?


Ora bolas, claro que não ¬¬, provavelmente teria tido o filho após a faculdade =P.


Eu sinceramente não acredito nem um pouco neste ditado do peixinho, uma que nem gosto de peixes a não ser bem fritinhos *-*, outra é que é impossível alguém seguir exatamente os passos de seus pais, igualzinho sem tirar nem colocar nenhuma bendita vírgula !!!


A única menção verdadeira neste ditado é que possivelmente teríamos alguma semelhança física com nossos pais, não estou descartando a situação de em dado momento agirmos como eles agiriam, mas estou descartando a situação de nossa vida ser simplesmente um flashback da deles, e tenho dito !!!


Menos um ditado popular para se preocupar ...


Agora pensemos, quanto ao “se ele foi influenciado é porque tinha tendência”, tudo bem que isso não é um ditado, ao menos eu não conheço nenhum nesse naipe, se não o colocaria aqui. =/ Enfim =P, pensemos no seguinte, até que ponto algo pode nos influenciar ???


Eu vejo pela minha vida mesmo, sempre odiando futebol um belo dia me forcei a assistir um jogo apenas para ter “papo” com a minha rodinha de amigos, fora que possivelmente eles tenham me influenciado a gostar de rock também “agradeço-vos do fundo de meu coração por isso =P”, mais tarde um amigo me mostrou o metal melódico e cá estou eu. =PPP


Claro, as influências e pessoas em si tem uma forte influencia sobre nós, contudo se deixarmos essa influencia nos atingir ...


Nossa tendência é se aproximar de nossos amigos em gostos, roupas e essas coisas, contudo não acredito que com isso nos anulemos completamente, influencias sim nos influenciam, mas apenas se deixarmos.

Então amigos e amigas, sejam únicos, juntem o melhor de cada pessoa ao redor e se faça um ser totalmente único e inimaginável *-*


Ou apenas compre um chapéu chaplim como eu fiz e fala novas amizades. =P


sábado, 10 de outubro de 2009

O homem na cafeteria ...

O homem transpirava ansiedade, até para olhos menos atentos isso era mais do que óbvio, estava em sua terceira xícara de café sempre balbuciando:


-Devo falar, não, melhor não, hoje não, amanhã seria melhor, ou agora ? Mas ela não veio, isso, ela não virá hoje, mas porque ? Será que ... droga, vai ser hoje, tem que ser hoje, agora!


Ele se levanta ajeitando a gola de sua blusa, caminha com passos vacilantes até a moça que estava no caixa daquela cafeteria, ela ao vê-lo abre um sorriso automático.


- Jane eu preciso falar com você, não podemos mais ficar como estamos, isso me dói e eu sei que te machuca também, gostaria de agradecer nossos momentos juntos e dizer que te amo, mas precisamos parar de nos ver ...

Um silêncio surge naquele local, todos parecem parar o que estão fazendo e se viram em direção a garota que se ruboriza.


- Tony ...


- Não adianta nada, não há o que você possa falar para mudar as coisas, me desculpe.


- Bom Tony, vou tentar ser o mais cordial e gentil possível.

1º eu não me chamo Jane, meu nome é Maria, meus amigos me chamam de Mary, então você pode me chamar de Maria.

2º nunca tivemos nada e o máximo de assunto que tivemos nunca passou de “mais uma xícara de café” e “sim senhor”.

3º eu apenas sei o seu nome porque o senhor faz questão de gritá-lo sempre quando vem aqui.

4º gostaria que o senhor colocasse a cueca por baixo e não por cima da calça de vez em quando só para mudar um pouco.

5º e por fim, peço a gentileza de esperar mais alguns minutos que a polícia já irá levá-lo, deseja mais alguma coisa ?


- Ah, não, ou melhor gostaria de dizer algo.


- Sim ?


- Ronaldo ?




Eu sei essa foi péssima, mas estava cansado de matérias reflexivas. =PPP